sexta-feira, 1 de outubro de 2010

do dia 23 de setembro.

Entra na roda ou acorda ou vai rodar.

Disseram que eu “entrei na roda”. Que roda é essa? Que eu saiba, a da fortuna é a mesma da miséria, depende de onde ela resolve parar.
Dizem que eu entrei no jogo. E que jogo é esse? Um reality show? A vitória consiste em conquistar o máximo da aprovação dos outros? Eu não sei nada de jogos, além de perder muito. Não jogo xadrez pra não pegar o hábito. E, sinceramente, já existe uma luta diária travada internamente contra vícios emocionais e psicológicos dessa existência pra me ocupar os pódios da vida. Já me concentrei nesse lance de aprovação e confesso que cheguei a me empenhar nesse propósito, mas não encontrei um sentido satisfatório em persistir nisso. Então, parei. A começar, por esses textos inconvenientes. Se o são mesmo, continuarão sendo. Não mudarei ponto, nem vírgula, doa em quem doer. Muitas vezes, doem em mim e nem por isso deixei de escrever. A dor ainda é a forma mais rápida de se chegar a alguma cura. Doeu, tratou. Se não dói, a gente deixa a coisa inflamar por dentro até apodrecer ou sair na urina. Mas, muitas vezes, o que os olhos não vêem, reflete na alma. O que eu quero dizer a quem gosta de objetividade se resume num velho bordão, “pimenta nas mucosas alheias é refresco”. Aos amantes da subjetividade eu deixo minhas entrelinhas pacientemente tricotadas com fios de silêncio. E a seguinte dica: Eu não falo mais das coisas que, em mim, se calam. E eu não concordo com tudo que não contesto. Mas está tudo aqui. Não é fácil gostar de mim como parece. Não é fácil gostar de quem eu gosto de ser. Mas, eu gosto de ser livre e de sentir, mesmo quando esperam que eu pense. É mais seguro, em tempos de violência como este.
E, abençoados, ou os amo como são ou não os conheço como deveria.

Bons dias de primavera aos que gostam de flores!
Eu tenho loucura por elas...

Nenhum comentário: