segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Sim e Não.

Aprender a querer, apreender o amor... Saber onde devem ficar cada não e cada sim. Descobrir o que realmente importa e deixar os sentidos em ordem. Deixar-se ser o que se é. Deixar-se levar aos lugares certos. Esquecer as obcessões inúteis, nunca desejos, nunca reais, meras criações do ócio ou fantasias do coração infante, ilusões óbvias, mas espaçosas. Livrar-se das algemas psíquicas, dos próprios cárceres emocionais. Sentir-se todo, pleno, intacto, como no começo, no início mais puro do ser, onde os sonhos eram mais e a realidade mais real...
Às vezes, a gente fica se devendo alguma coisa. Às vezes é um simples não, outras um sim ainda mais simples. Mas não foi dito e passou. Deixar passar destrói coisas valiosas. O tempo não perdoa nada. Tem gente que se deve uma vida inteira... de tanto deixar passar. Eu não deixo. Eu pago. A vida paga. Todos, uma hora, pagam. É lei e essa não dá pra burlar. Eu, de tanto dizer sim (por não saber negar), tenho um monte de não aqui pra dar. Mas não tem pressa... Cada um tem sua hora. Na maioria das vezes, nem é preciso me pronunciar, a vida se pronuncia por si e por mim. O que importa agora é que o meu melhor sim, esse que não cala, não cessa e não cansa, essa resposta sem fim, está muito bem guardada. num lugar bem seguro, bem dentro de mim.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Erros Certos

Quem diria que eu ainda me veria assim? Logo quando tem tanta coisa despedaçada, sinto-me mais inteira. Essa integridade não tem preço. Está tudo aqui, tudo devidamente organizado, excluído ou arquivado. Sempre sabemos que na vida precisamos parar de jogar pra vencer, mas insistimos que não porque, afinal, todos jogam... Mas nem todos jogam. Alguns são apenas peças inocentes de jogos maldosos. Às vezes é difícil perceber isso antes do xeque-mate e, então, a vida fica parecendo muito injusta. Não gosto de jogos, cansam-me rapidamente até os mais divertidos e muitas vezes me falta paciência, então, deixo de lado. Esse outro tipo de jogo... às vezes parece impossível não participar, porque parece que a gente já está dentro dele ou que há algo precioso a se ganhar. Só impressaõ mesmo. É preciso ver que sempre há uma tecla ou um botão, até mesmo uma caixa velha pra um tabuleiro mal intencionado. A verdade é que nunca faltam saídas para se tomar os caminhos certos, mesmo que a princípio seja difícil enxergá-los.
Engraçado como até os erros devem ser bem escolhidos. Pra errar, tem de ser do jeito certo. Paradoxo? Não... O erro sem sentido é estupidez. Um erro que vira acerto é salvação.

Agora é hora de arrumar a bagunça.